quinta-feira, 18 abril 2024

6 desculpas para não doar

Ninguém recusa convite para ir ao bar e pagar uma conta de R$ 30 reais por dois chopps e um bolinho de bacalhau. Já quando o assunto é doar os mesmos R$ 30… ai já é outra história. O papo normalmente não é tão simples para convencer sobre esse “gasto”. Seguem as desculpas mais famosas para não doar:

1) Não tenho dinheiro sobrando

Contando-se que você recebe seu salário, paga as contas, paga parcelas de qualquer coisa e por fim torra grana no lazer, é claro que não vai ter dinheiro para doar nunca. Na verdade, não vai ter dinheiro para nada. Se a doação não for encarada como uma despesa mensal normal, tal como as contas básicas, ela ficará sempre para depois.

2) Minha doação não seria relevante hoje em dia

Você ainda não tem a renda que sonha, por isso o valor que poderia doar seria irrisório. Assim, não adianta pensar nisso agora, certo? Nada disso. Há projetos em que sustentar uma criança durante um mês em uma creche custa apenas R$ 100. Também existem campanhas de crowdfunding onde R$ 10 já fazem diferença. É claro que seria incrível poder doar R$ 1 milhão, mas enquanto você não chega lá…

3) Já dou 30% do que ganho pro governo

Os impostos são enormes, ainda mais considerando-se o que é feito com eles. Mas isso não tem relação alguma com doar ou não. Você provavelmente continua tendo condições de doar e continuam havendo milhões de pessoas precisando da sua doação. Resumindo: uma coisa não tem nada a ver com a outra.

4) Não tenho confiança

Essa desculpa é “ótima”, porque está supostamente embasada. A cobertura da mídia dá ênfase aos casos de corrupção dos projetos, que são minoria absoluta. Ai o sujeito se agarra nessa “realidade” para concluir que não deve doar nada. Porém, com um MÍNIMO de pesquisa, é fácil saber de projetos bons onde seu dinheiro será muito útil. E eles são maioria.

5) Não é esse o caminho para melhorar

Outro argumento na linha “supostamente embasado”. Defende que, pelo problema social ser muito complexo, a solução tem que ser sistemática. É necessário conscientizar, mudar estruturalmente, não dar o peixe e dar a vara e blá blá blá. Concordo com tudo isso. A solução final pode realmente não vir da doação. Porém, mesmo sem mudar a raiz de todos os males do mundo, diminuir um pouco o sofrimento do cara do lado, já que você tem condição, é melhor do que nada.

6) Nunca pensei nisso

Em uma rotina dedicada a ser economicamente produtivo e a cuidar da família, filantropia só é assunto se for algo cultural. Como no Brasil não temos tal hábito, o tema fica para depois e depois e depois e nunca chega a hora de pensar nisso. É impressionante ouvir, numa sociedade tão desigual quanto a nossa, que a pessoa nunca tenha pensado em doar.

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